- Área: 5000 m²
- Ano: 2007
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Fotografias:Ramiro Zubeldia, Gaby Herbstein
Descrição enviada pela equipe de projeto. Bubble Studios foi planejado como uma fábrica criativa de 5.000 m², um ponto de encontro e intercâmbio entre quatro sets para fotografia e filmagem, eventos corporativos, galeria de arte e escritórios de empresas de publicidade, produção de eventos, agência de modelos, entre outras.
O nome projetado para o estúdio é, sem dúvidas, uma antecipação da atmosfera que se respira no edifício, uma bolha única com capacidade de criação original e inovadora, que busca começar internamente e influenciar o restante através de seu pensamento renovador. Numa cidade oprimida pelo estilo de vida acelerado, o projeto funciona como um parênteses, uma interrupção do tempo e do espaço.
Bubble Studios encontra-se no bairro de Villa Crespo da cidade de Buenos Aires, onde mesclam-se habitações unifamiliares e edifícios habitacionais com comércios, depósitos, oficinas e indústrias. O complexo divide-se em dois grandes partes funcionais, os estúdios fotográficos, sobre a rua Cucha Cucha e os estúdios profissionais sobre a rua Repetto. Ambos encontram-se unidos internamente pelo coração do projeto, um pátio interno que permite ao edifício respirar, articular as funções, conformando-se no espaço de encontro dos diversos setores.
O projeto propõe uma paleta de materiais que mantém e reforça o caráter industrial da pré-existência do conjunto. Predomina o concreto aparente, as superfícies de cimento alisado, o ladrilho pintado e o ferro. Os acabamentos são rústicos e resistentes, de manutenção baixa e leitura neutra, que permitem desenvolver as diversas atividades programáticas sem condicionamentos estéticos.
Projetar sobre algo que já existe, conservar e transformar, no lugar de destruir; esses foram os pilares de pensamento no momento de projetar a criação de Bubble Studios.
A partir da união de três construções existentes, uma antiga fábrica de perfumes desativada, um galpão de depósito e uma oficina mecânica, chegou-se à reedificação de uma nova obra. Mantendo uma linguagem industrial e evitando provocar uma ruptura no entorno, respeitando a escala do bairro, perfurando sua estrutura para relacioná-lo às tipologias locais e com o tecido típico das quadras, propôs-se uma dialética entre pertencimento e inovação que busca transformar positivamente o lugar criando novas formas e novos significados a partir de edificações ou infraestruturas anteriores, vistas como oportunidade de reconversão e reutilização do solo.